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Iniciativa pioneira treina servidores e comunidade para prevenir combater incêndios em bens culturais

O Museu de Congonhas, a FUMCULT e o Instituto do Patrimônio Históricos e Artístico Nacional (IPHAN) estão promovendo uma iniciativa pioneira no Brasil, que servirá de exemplo para todas as cidades consideradas Patrimônio Mundial: o “Encontro de Prevenção e Combate a Incêndios em Espaços Culturais”. O evento, realizado nesta segunda-feira, 26, no Centro Cultural, teve a participação do Bombeiro Civil Lucas Severo dos Santos, e do assessor técnico da presidência do IPHAN, Leonardo Barreto de Oliveira. Participaram profissionais dos museus de Congonhas e do IPHAN, servidores municipais e representantes das igrejas. A próxima ação será realizada, em breve, com o Corpo de Bombeiros, que fará um treinamento prático com os participantes.

O assessor técnico da presidência do IPHAN, Leonardo Barreto, falou sobre a Portaria Nº366 de 04 de setembro de 2018, do IPHAN, que dispõe sobre diretrizes para projetos de prevenção e combate ao incêndio e pânico em bens edificados tombados. Segundo ele, a publicação do documento e a revisão das Instruções Técnicas 35 do Corpo de Bombeiros passaram a ter o mesmo direcionamento técnico. “As normas agora se falam. Antes, o IPHAN não tinha uma norma específica e os bombeiros tinham uma norma que ainda não estava com o olhar adequado para o patrimônio cultural. Agora, essas duas normativas confluem, têm elementos em comum”, explica.

Para ele, é preciso avançar nas ações voltadas para a prevenção e combate a incêndio em espaços culturais. “Temos muito o que fazer, muito o que corrigir em termos de procedimentos, normativas e equipamentos a serem utilizados. Estamos dando um primeiro passo. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais tem sido um parceiro e entendido a necessidade de evoluirmos, dialogarmos mais e estabelecermos objetivos conjuntos. O Ministério Público também tem sido um parceiro. Agregando a Prefeitura, os museus e os locais onde abrigam acervos, começamos a, de fato, enfrentar um grave problema que já vitimou muitos monumentos”, destaca.

Segundo o Bombeiro Civil, Lucas Severo dos Santos, em situações de incêndio é importante manter a calma, seguir as orientações dadas pelos profissionais, obedecer às sinalizações e conhecer os equipamentos de combate a incêndio e seus usos. Ele explicou, ainda, como ocorre a transmissão do calor, os pontos de temperatura e as principais causas de incêndio.

Em caso de um eventual incêndio, o Bombeiro Civil explica que a corporação faz o reconhecimento de qual patrimônio está em risco: “Fazemos a utilização dos devidos equipamentos, conforme o bem que está em chama. Quando se trata de materiais históricos, chegamos na edificação e identificamos a coloração da fumaça. Também fazemos uma vistoria no local. A população deve sempre manter a calma. Aqueles que tiverem conhecimento para fazer a extinção das chamas, faça. Também é preciso entrar em contato com o Corpo de Bombeiros”.

Para a secretária executiva da Associação das Cidades Históricas, Ana Alcântara, o desafio é fazer a compatibilidade entre as normas do Corpo de Bombeiro e as do IPHAN. “O patrimônio histórico de Minas Gerais tem uma importância singular. Este momento, é de extrema importância para nós porque precisamos preservar nosso acervo e cuidar do nosso bem cultural. Na maioria das vezes não temos uma mão-de-obra qualificada que, no momento do sinistro, possa tomar uma decisão imediata. Aqui aprendemos como agir em um momento de sinistro e como usar os equipamentos adequados”, completa.

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