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Titane e Túlio Mourão dão sequencia ao Projeto Paixão e Fé e fazem um show manifesto em Belo Horizonte

Projeto que nasceu no Museu de Congonhas segue para a capital com uma apresentação artística sobre os impactos ambientais e humanos da mineração

Titane e Túlio Mourão se encontram com nomes da música mineira no show “Paixão e Fé – Manifesto”, que propõe uma reflexão artística sobre os impactos ambientais e humanos da mineração em Minas, incluindo o rompimento da Barragem de Mariana e da recente tragédia de Brumadinho. A apresentação tem participação especial dos artistas Flávio Venturini, Aline Calixto, Pereira da Viola, Luiz Gabriel Lopes, Mariana Cavanellas, Emílio Dragão e Renato Saldanha. O Museu de Congonhas também estará presente no evento, que será realizado no dia 21 de fevereiro, às 20h, no Teatro Francisco Nunes. A entrada é gratuita.

O show reúne canções, poemas e depoimentos. No repertório, músicas do álbum “Paixão e Fé”, gravado em Congonhas, que sintetizam os impactos da mineração em uma visão poética, humanista e social. O público vai conferir “E Daí?” (Milton Nascimento e Ruy Guerra), “Ponta de Areia” e “Promessas do Sol” (Milton e Fernando Brant), “Chaga”, de Chico César, “Dão Duê”, (domínio público, do Vale do Jequitinhonha), “Tererê”, (Kanatyo Pataxó), “Anoitecer” (poema de Drummond musicado por Zé Miguel Wisnik), “Choro de Lama” (Priscilla Magela), “Quanto Vale”, (grupo Djambê) e poemas de Drummond, como “O Maior Trem do Mundo”. Desde o início, o Museu de Congonhas abraçou o “Paixão e Fé” e a Cidade dos Profetas foi palco para a gravação de um CD e DVD, além de um especial para a Rede Minas.

Durante a apresentação serão exibidas ainda fotografias aéreas de Júlia Pontes, que registrou áreas de mineração com seu projeto “Ó Minas Gerais”, exposição que entrou em cartaz em 2018 no Museu de Congonhas. A mostra é formada por uma coletânea de imagens que retratam de forma singular a atividade mineradora e como ela transforma o entorno.

Uma das grandes vocações do Museu de Congonhas é a de provocar reflexões sobre questões ligadas a salvaguarda do patrimônio, seja ele material ou imaterial, as memórias e o povo. Este trabalho de conscientização, por meio da arte, vem sendo realizado pela instituição desde a exposição do sul-africano Harron Gunn-Salie, que encontrou inspiração no rompimento da barragem de Mariana em 2015. O artista reuniu os profetas de Aleijadinho com a lama que vazou da barragem para chamar a atenção sobre os riscos de novos desastres. Parte de uma casa destruída na tragédia foi remontada no Museu: portas, fiação elétrica, azulejos, santa na parede. Detalhes fortes e marcantes que transportavam os visitantes para a cena desta tragédia.

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