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Museu da Ladeira recebe a exposição "Vick a dama das artes"

Se há uma pessoa que deixou uma marca inegável na cultura de Congonhas essa foi a Tia Vick. A carioca que adotou Congonhas como a sua cidade do coração fez do ensino de inglês e do amor a arte uma escolha de vida que frutifica até hoje. Reconhecendo esse legado, o Museu da Imagem e Memória, Museu da Ladeira, inaugura na próxima terça-feira, 10 de dezembro, às 19h, a exposição "Vick a dama das artes".

A grande produção cultural em Congonhas, simbolizada pela atuação das escolas de dança, música e teatro e uma população sensível a cultura, muito se deve à atuação de Victória Parcus. A exposição "Vick a dama das artes" pretende celebrar este capítulo importante de nossa história. Além de reviver o balé, a Semana Santa e um pouco da história da homenageada, a exposição também revela como crianças e adolescentes de hoje se relacionam com a arte, numa prova de que  há coisas na vida que não passam. Assim como os ensinamentos da saudosa Victória Parcus.

A exposição "Vick a dama das artes" poderá ser visitada no Museu da Imagem e Memória, gratuitamente, de terça a domingo, das 9h às 17h.

 

Quem foi Victória Parcus?

Nascida em Niterói, em 22 de janeiro de 1907, filha de alemães, Victória Fischer Parcus, frequentou, no Rio de Janeiro, uma escola alemã, de onde herdou uma educação e postura rígida que a acompanhou por toda vida. Também contribuiu para sua formação, o ensino de piano na adolescência e os grandes espetáculos das companhias de dança e balé que assistiu. Em 1936, em função do trabalho do marido, mudou-se para Congonhas. Já nos anos  60 começou a ministrar aulas de inglês ficando conhecida como Tia Vick.

Quando buscava um novo sentido para a vida, após o falecimento precoce do marido, surgiu uma outra motivação: cuidar da encenação da Semana Santa. Muito criativa, auxiliou as senhoras que até então organizavam a festa religiosa a, não só incrementar a manifestação de fé, como também a criar, tempos depois, a encenação ao vivo em frente ao Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, ao lado de José Patrocínio. Foi uma inovação. Se até então existiam 15 figuras bíblicas na festa, neste momento, foram ampliadas para mais de 200, transformando este espetáculo num dos maiores do Brasil.

Mas a maior realização da Tia Vick viria mesmo com a Escola de Dança Victória Parcus. Responsável pela formação de geração de artistas, nessa escola se ensinava, postura, disciplina e o amor à cultura universal. Ao seu lado, as suas alunas aprendiam não só com as aulas de balé de sábado, mas também nas viagens para apresentação dos espetáculos e nas disputas que participavam no programa “Mineiros Frente a Frente”, da TV Itacolomy.

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